QUANDO A DOR, COMO A NOITE QUE CAI,
EXPRIMIR SEU LAMENTO ÚLTIMO
UM LAIVO DE SANGUE
ESCORRERÁ DE MEUS OLHOS
E DESLIZARÁ SOBRE A LÁPIDE
NUM FILETE -
IMENSA É A DOR -
E DESPENCARÁ NO VAZIO
E NO SOLO
DEIXARÁ SUA MÁCULA
TORNANDO-O ESTÉRIL
E OS CORPOS DALI
TOMBARÃO TANTOS
QUE UMA PÁ, SOMENTE,
NÃO SERÁ SUFICIENTE PARA
RECOLHÊ-LOS A TODOS
DA MORTE NADA
TEMO
A NÃO SER
A DOR DA PERDA
Quem sou eu
- Andre Maurício
- Este alagoano de São José da Tapera, nascido em 1966, é maravilhado com a escrita e encantado com as letras. Procura traduzir em seu trabalho as inquietações da alma humana em suas relações interpessoais e consigo mesmo. Autor dos livros: O homem que virou calango (contos); Retratos Urbanos; Síndroma de Imunodeficiência Depressiva; Da dor do não, poemas; coautor de Caoticidade Urbanopoética do eu nulo, poesia; participação na 1ª Antologia da Confrafia: Nós, Poetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário