SE CONSIGO. (André Maurício)
“A manhã me socorreu com flores e
aves, suaves...”
Ju, como era carinhosamente chamada pelos amigos, despertou
naquele dia ainda com os primeiros raios. Bocejou e espreguiçou-se dengosamente
percorrendo todo o ambiente com os olhos amendoados que lhe davam um ar
inquiridor e ao mesmo tempo transmitiam um ar de quem quer ser descoberta,
desvendada em sua personalidade.
Na cama, donde estava, podia ver a si mesma no espelho que
colocara em frente a cama. Os raios do sol que adentravam pela janela,
penetrando através da cortina, iluminavam seu corpo moreno, percorrendo suas
coxas volumosas a partir do joelho subindo lentamente como um toque seda sobre
a pele, iluminando o púbis depilado, como num beijo sobre os lábios vaginais e
delineando-se sobre o abdômen alcança o seio esquerdo sob a camisola branca
transparente, provocando uma leve sensação de calor em seu mamilo.
A camisola branca contrastava com sua tez morena e denunciava
sua silhueta por dentro do tecido transparente. O tamanho M mal lhe cobria o
corpo atingindo até a altura do púbis e lhe deixava à mostra, quando em pé, a
polpa de sua bunda volumosa.
Como estava, na cama, podia observar a si mesma no espelho.
Tocou seu mamilo e com a ponta dos dedos realizou movimentos circulares fazendo
uma leve pressão sobre ele, ao tempo em que com a outra mão abarcava o seio
apertando e soltando. Acariciou o abdômen e desceu até a coxa direita apertando
e soltando e fazendo movimentos circulares e apalpando-a. Tateando com a ponta
dos dedos até a virilha, com os dedos em V, circundou a buceta depilada,
subindo até o monte de vênus sobre uns poucos pelos curtos que adornava
pressionava e apertava e observava o volume que ele tinha.
Abriu um pouco a perna se posicionando melhor na cama de
forma que pudesse se ver melhor no espelho e pode observar o beijo que a
camisola languidamente dava em seu clitóris. Este, passou a ser pressionado com
o indicador e o polegar fazendo-a contorcer-se e sorrir em prazer.
Quarta-feira
O relógio na parede, atrás de si, ditava o tempo,
transcorrendo lento. Os minutos arrastavam-se, como se moribundos, parecendo
não se importar com nada e ninguém. Carlos, assistente na Secretaria da Vara do
trabalho, consumia o tempo num misto de aflição e ansiedade. Já começava a
mostrar sinais de irritação pois, estranhamente, o volume de atendimentos
ultrapassou o de costume.
Não era dado a atividades físicas mas tinha um bom porte. O
rosto oval, um corte de cabelo tradicional e uma barba sempre bem-feita
cobrindo-lhe o rosto, disfarçava sua tenra idade, transmitindo um ar de
serenidade e responsabilidade. Sua vestimenta orientada pela moda, sempre com
camisas de manga longa, justas, delineavam uma bela silhueta. Seus jeans em
cores sempre tradicionais, mas com modelos justos, contornavam suas pernas num
abraço que qualquer mulher gostaria de dar, denunciavam o volume e a robustez
de seu corpo.
O alarme do celular disparou às 10:00. Despediu-se e saiu
apressado
“O veludo da fala disse beijo, que é
doce”
Para Ju a manhã transcorreu preguiçosa. Hoje é seu
aniversário e como de acordado, está dispensada das atividades na Secretaria da
Vara do trabalho onde está lotada. O dia de hoje é só seu. Nada de processos e
petições e audiências. De camisola preparou o desjejum ouvindo um pouco de
música. Nada daqueles noticiários carregados de coisas tristes. Música. Música.
Cantarolava e dançava entre a sala e a cozinha de seu apartamento.
Não era adepta de malhação. Como gostava de si mesma, como
era. Coxas grossas, seios pequenos, cabelo negro, e bunda volumosa, robusta.
Parou diante do espelho que ficava ao lado da porta do banheiro. Olhou-se de
cima abaixo, sorrindo, gostando do que via. Ensaiou uns passos de funk destes
que balança a bunda, sorriu e foi tomar banho.
Me ama, me queima na sua cama
Com um amigo do amigo do primo conseguiu a chave do
apartamento para um encontro com uma amiga. Tinha planejado tudo
minuciosamente. Por isso o nervosismo. Não queria se atrasar. Afinal não se
pode deixar uma mulher e a vontade de estar a sós com ela esperando.
Da varanda tinha-se uma boa visão da rua e cercanias. Como
estava há pouco tempo na cidade morando em pousada era difícil manter algum
encontro mais reservado. E para tanto utilizar de certos subterfúgios para
ficar mais à vontade com alguém.
Enquanto esperava percorreu o pequeno apartamento. Os quartos,
pequenos, comportava apenas um armário e uma cama. Um banheiro, um misto de
cozinha e área de serviço e a sala. Nesta, um sofá grafite, em um dos lados uma
mesa de canto com uma escultura de bronze e do outro uma luminária que se ergue
do chão até a altura de um metro e setenta em arco. Atrás do sofá, na parede,
um quadro com abstrações em tom acobreado. No lado oposto um rack, uma tv, uma
garrafa de uísque e duas de vinho.
Não achou mal nenhum bebericar um pouco de uísque. E foi o
que fez. Com o copo na mão se dirigiu a varanda e ficou olhando a rua, as
casas. E numa dessas foi que ele viu quem lhe povoava a mente com fantasias.
Ju, deitada ao sol, exuberante, excitante. Desde que fora transferido ela lhe
despertara a libido. Aqueles cabelos negros, aquela boca milimetricamente
desenhada por um batom nudes, aqueles olhos negros hipnotizantes, aquela bunda
goxtosa marcada por calcinhas e jeans que enaltecem a silhueta do corpo deixando-a
deliciante. A alguns colegas dizia que “se consigo pegar essa morena, sei não o
que faço com ela”.
“Lá vem o sol, eu já sei”
A cadeira distendida sob o sol foi coberta com uma toalha de
cor champanhe. O biquíni fio dental amarelo ocre, cobria minimamente os mamilos,
o púbis e deixava sua bunda totalmente à mostra. Ju acomodou-se na cadeira
enquanto a atendente cobria seu corpo com óleo para bronzear. O toque das mãos
em movimentos suaves e contínuos em seus seios, a mão que involuntariamente tocava
em sua buceta e sobre sua pele toda a deixava excitava. Pediu um suco de
graviola e se deixou envolver pela luz e calor do sol.
Ela visitava semanalmente aquela clínica de bronzeamento que
mesclava entre artificial e natural. O ambiente requintado, com uma decoração
agradável, uma piscina exuberante e um jardim muito bem cuidado.
Enquanto espera
Ficou imóvel observando aquele corpo moreno irradiado pelo
sol contrastando com o tom amarelado do biquíni que só fazia destacar o belo
corpo. Seus olhos vidrados fizeram sua mente trabalhar e se viu ao lado dela
observando cada pelo daquele corpo que exalava sensualidade, tesão e sexo.
O uísque umedecendo seus lábios enquanto sua língua saboreava
o malte o fez transpor o limite do real e do imaginário e se viu desnudando-a,
desvendando o que lhe era desejo. Os mamilos rijos pedindo para serem sugados,
lambidos, beijados com volúpia, com tesão em movimentos rápidos, lentos. Ao
mesmo tempo em que abarcava os seios com suas mãos e os comprimia alternando a
pressão, com o cuidado de quem segura uma fina peça de cristal. Enquanto
acariciava seus seios imaginava seus olhos revirando sua boca sussurrar
palavras ininteligíveis.
Com a ponta do nariz tocava a pele morena e soprava levemente
com os lábios umedecidos para ver os pelos eriçarem-se e provocar arrepios na
pele. Suas mãos tateavam as coxas grossas e forçava a passagem abrindo as
pernas para poder ver e sentir o cheiro do sexo que emanava da buceta inundando
as narinas e umectando a virilha.
Poisou a cabeça sobre as coxas e beijava os grandes lábios
com prazer, com desejo, sentindo o cheiro, sentindo o sabor do sexo, deslizando
a língua em movimentos rápidos, em movimentos lentos, passeava com volúpia pelo
esfíncter, pelos pequenos lábios e mordiscava o clitóris até o limite entre o
prazer e a dor.
A esta altura, na varanda, Carlos sentiu o volume de seu
pênis latejando sob sua calça denunciando seu estado de excitação. Ato
contínuo, suas mãos deslizaram sobre o jeans liberando sua virilidade e
enquanto sentia o cheiro lascivo de Ju acariciava seu membro pulsante com
movimentos rápidos; enquanto sentia os sussurros daquela boca em nudes,
mordiscava seus lábios; enquanto suas mãos vibravam, suas veias latejantes
denunciavam a robustez de sua virilidade ao explodir em gozo.
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