O silêncio
Envolvia
a sala
A
cortina balouçava
Suave
Ao
som das
Folhas
no jardim
A
penumbra reinante
Transporta-me
A
reminiscências
Que
um dia
Prometi
esquecer
E
que como um flash
Atormenta-me
Em
situações onde
Encontro-me
vulnerável.
Apartate-me
de mim
Oh,
dores
De
minha alma
O
som de passos no Soalho
Recobra-me
a realidade
Tento
na penumbra
Vislumbrar
algum vulto
Pura
imaginação.
Volto
o olhar para
A
janela.
A
rua em silêncio, molhada pela chuva
Fina
que caiu
Esconde-se
por
Trás
da cortina
Ligo
o rádio.
Ao
som de velhas canções
Ensaio
passos
De
um balé
Imaginário
Tal
ave deslizando
Sobre
o lago silencioso
Em
fim de tarde outonal
Quando
o dia já é saudade.
Sem
me aperceber
Adormeci
no sofá.