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Este alagoano de São José da Tapera, nascido em 1966, é maravilhado com a escrita e encantado com as letras. Procura traduzir em seu trabalho as inquietações da alma humana em suas relações interpessoais e consigo mesmo. Autor dos livros: O homem que virou calango (contos); Retratos Urbanos; Síndroma de Imunodeficiência Depressiva; Da dor do não, poemas; coautor de Caoticidade Urbanopoética do eu nulo, poesia; participação na 1ª Antologia da Confrafia: Nós, Poetas.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Quando o dia já é saudade



O silêncio
Envolvia a sala
A cortina balouçava
Suave
Ao som das
Folhas no jardim
A penumbra reinante
Transporta-me
A reminiscências
Que um dia
Prometi esquecer
E que como um flash
Atormenta-me
Em situações onde
Encontro-me vulnerável.
Apartate-me de mim
Oh, dores
De minha alma
O som de passos no Soalho
Recobra-me a realidade
Tento na penumbra
Vislumbrar algum vulto
Pura imaginação.
Volto o olhar para
A janela.
A rua em silêncio, molhada pela chuva
Fina que caiu
Esconde-se por
Trás da cortina
Ligo o rádio.
Ao som de velhas canções
Ensaio passos
De um balé
Imaginário
Tal ave deslizando
Sobre o lago silencioso
Em fim de tarde outonal
Quando o dia já é saudade.
Sem me aperceber
Adormeci no sofá.