Quem sou eu
- Andre Maurício
- Este alagoano de São José da Tapera, nascido em 1966, é maravilhado com a escrita e encantado com as letras. Procura traduzir em seu trabalho as inquietações da alma humana em suas relações interpessoais e consigo mesmo. Autor dos livros: O homem que virou calango (contos); Retratos Urbanos; Síndroma de Imunodeficiência Depressiva; Da dor do não, poemas; coautor de Caoticidade Urbanopoética do eu nulo, poesia; participação na 1ª Antologia da Confrafia: Nós, Poetas.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
terça-feira, 18 de outubro de 2016
O Brasil na idade média
A Idade Média (476 - 1453)
É um período da história da Europa, porque a América só foi "descoberta"
em 1492.
Esse período ficou conhecido como idade das trevas, dado as tantas mazelas que
aconteceram neste período.
Trazendo um pouco para os nossos dias podemos perceber que a sociedade brasileira,
a meu ver, está entrando na idade média de sua existência. Porque se você ligar a
televisão nos canais abertos a única coisa que se vê são religiosos
vociferando o fim dos tempos, realizando milagres e vendendo indulgências
a qualquer pecador arrependido que pague, e muito bem por isso. Sem falar que
proclamam a altos brados, e exigem, que o pagamento do dízimo trará
para sua vida a felicidade eterna.
Ao mesmo tempo vemos a exacerbação, a supervalorização da violência, a banalização
do mal em troca de míseros pontos de audiência para propiciarem cifrões nas contas
bancárias da mídia autoproclamada onisciente.
Vemos a elite política extrapolar o limite do poder e da decência, afanando,
roubando, vilipendiando, malversando o "tesouro" público sob e sobre o olho cego
da justiça (que vai jantar nos salões do executivo pedindo a benção, sendo subserviente)
e do fisco (que é omisso quando se refere a poderosos e cruel quanto aos menos afortunados)
extrapolar os limites do absurdo e usurpar o poder do voto e manipular todo um panorama
para o favorecimento de alguns.
Vemos uma elite financeira que sonega, corrompe, desvia, massacra, usurpa, escraviza e ri e
desdenha sentada nas mesas de restaurantes luxuosos e, que, ao sair, o trocado
do flanelinha, é sua ação social.
Vemos os manietes(pobres e fudidos) venderem-se de dois em dois anos para elegerem
a porra desses sobrenomes que permeiam a politica e omitem-se e nada fazem pelos demais.
Por fim, não sei até quando ficaremos deitados em berço esplêndido sob a sombra das
palmeiras ouvindo o canto do sabiá. De uma coisa eu tenho certeza: se ficarmos inertes
nada, mas nada mesmo, acontecerá.
É um período da história da Europa, porque a América só foi "descoberta"
em 1492.
Esse período ficou conhecido como idade das trevas, dado as tantas mazelas que
aconteceram neste período.
Trazendo um pouco para os nossos dias podemos perceber que a sociedade brasileira,
a meu ver, está entrando na idade média de sua existência. Porque se você ligar a
televisão nos canais abertos a única coisa que se vê são religiosos
vociferando o fim dos tempos, realizando milagres e vendendo indulgências
a qualquer pecador arrependido que pague, e muito bem por isso. Sem falar que
proclamam a altos brados, e exigem, que o pagamento do dízimo trará
para sua vida a felicidade eterna.
Ao mesmo tempo vemos a exacerbação, a supervalorização da violência, a banalização
do mal em troca de míseros pontos de audiência para propiciarem cifrões nas contas
bancárias da mídia autoproclamada onisciente.
Vemos a elite política extrapolar o limite do poder e da decência, afanando,
roubando, vilipendiando, malversando o "tesouro" público sob e sobre o olho cego
da justiça (que vai jantar nos salões do executivo pedindo a benção, sendo subserviente)
e do fisco (que é omisso quando se refere a poderosos e cruel quanto aos menos afortunados)
extrapolar os limites do absurdo e usurpar o poder do voto e manipular todo um panorama
para o favorecimento de alguns.
Vemos uma elite financeira que sonega, corrompe, desvia, massacra, usurpa, escraviza e ri e
desdenha sentada nas mesas de restaurantes luxuosos e, que, ao sair, o trocado
do flanelinha, é sua ação social.
Vemos os manietes(pobres e fudidos) venderem-se de dois em dois anos para elegerem
a porra desses sobrenomes que permeiam a politica e omitem-se e nada fazem pelos demais.
Por fim, não sei até quando ficaremos deitados em berço esplêndido sob a sombra das
palmeiras ouvindo o canto do sabiá. De uma coisa eu tenho certeza: se ficarmos inertes
nada, mas nada mesmo, acontecerá.
sábado, 15 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
EST IRATUS HOMO - O HOMEM REVOLTADO
EST IRATUS HOMO (O HOMEM REVOLTADO)
SOBRE SUA
BOCA IMUNDA
DEFECAREI EM
SEUS TENTÁCULOS MORIBUNDOS
VILIPENDIAREI
TEUS ESPAÇOS CEDIÇOS
ONDE NA
PENUMBRA AS PUTAS E OS PUTOS MIJAM E GOZAM
EXTIRPAREI
SUAS VÍCERAS FÉTIDAS E PUTREFATAS
E LANÇAREI
NOS MONTUROS, LATRINAS
E ESGOTOS
ESCUROS
E PARA
SACIAR MINHA SEDE
BEBEREI SEU SANGUE
RUBRO E VISCOSO
QUE
ESCORRERÁ DE MINHA BOCA
IRASCÍVEL E
SEDENTA
E APÓS
SACIADA MINHA SEDE
CUSPIREI
VERMES ASQUEROSOS
SOBRE SUAS PÚSTULAS
ESTUPRAREI
SEUS TÍMPANOS
COM ALARIDOS
E GEMIDOS
ESTÉRICOS E AGONIANTES
Ó IMUNDA VACA
IMUNDA
Ó URBE
VIL
LASCIVA
E TIRÂNICA
Poeticamente: ME, COMIGO!
Poeticamente: ME, COMIGO!: ME, COMIGO! “A astúcia de Baco me seduz Num frenesi embriagatório E eu me rendo Ao sabor do vinho Implacável é a consciência...
ME, COMIGO!
ME, COMIGO!
“A astúcia de Baco me seduz
Num frenesi embriagatório
E eu me rendo
Ao sabor do vinho
Implacável é a consciência
Da noite com o seu silêncio voraz
“Back to black”
A canção angustiada da Amy
Devora a minha solidão
Aos goles e mais goles
O vinho gelado
Desce vertiginosamente
Goela abaixo
Ao som do pen-drive
Vindo da pequena caixa de som”
(Solidão sedada – Geo
Santos)
Moro no oitavo andar de um prédio num bairro residencial e às
vezes, na varanda, fecho os olhos e me vejo pairando sobre os telhados da
cidade. Cidade esta que me enclausura em mim mesmo. E fico assim em minha
solidão.
Aos vizinhos há apenas alguns boa noite e boa tarde num
simulacro de boa vizinhança e educação. Nada além disso. Não que eu seja o tipo
do cara chato, metido ou esnobe, não, apenas tomei para mim uma introspecção e
carrego-a comigo. O terapeuta até já tinha me pedido para ser mais expansivo,
menos burocrático, mais dado às emoções e ao que os relacionamentos têm de
melhor: os abraços e os sorrisos. Estou tentando – é o que tenho a dizer.
Antenas parabólicas e Arranha-céus misturavam-se com o
horizonte plúmbeo no início da noite dificultando a definição do começo e fim
de cada um.
Voltei-me para dentro e observei a sala em silêncio. Vi as paredes
nuas e pensei em comprar um ou dois quadros. Quem sabe a colorida plasticidade
de um Romero Britto ou a escuridão poética de um Chen Bo. Não! Realidade.
Realidade. Qualquer dia entro em um shopping e compro uma tela daqueles artistas
que pintam e parece que os quadros são produzidos em série porque todos tem o
mesmo motivo abstrato aprendido em revistas que ensinam a pintar.
Lembrei-me de um vinho que havia comprado dias antes através
da indicação de um amigo. Na cozinha, peguei uma taça, coloquei um pouco de
vinho, senti o aroma e o sorvi para apreciar o sabor. Voltei à sala e
deixei-a a meia luz. Enquanto no pen drive rolava a angústia de Amy, dirigi-me
novamente a varanda e fiquei a observar o infinito, saboreando o vinho tinto.
O horizonte, como sempre, mostrava-se taciturno.
Observando os prédios vizinhos com suas janelas abertas ou
fechadas, pensei quais vidas se escondiam por trás das cortinas. Era como se
estivesse a procurar algo para me distrair. O telefone vibrava insistentemente.
Desliguei-o. Queria estar comigo e só.
Meus olhos foram direcionados para uma janela onde um casal,
que a princípio parecia estar dançando, desenvolviam movimentos muito
particulares e sedutores. Recuei um pouco e me sentei para observar sem ser
visto.
O vinho, a música, o casal em movimento, a libido, o jeans sob
pressão, as mãos tal veludo, deslizando sobre o peito nu como em um balé; os
pelos eriçando-se ao toque da derme; as narinas abrindo-se e fechando-se em sincronia,
os lábios úmidos, a boca em sons guturais e o corpo exalando um olor somente
perceptível aos adoradores de Vênus. Neste momento as mãos em movimento
pulsátil de vai-e-vem; os olhos focando o infinito na tentativa de domar o
tempo e perpetuar aquele instante; o torso contorcendo-se em movimentos
sinuosos para acomodar-se a velocidade da respiração e mãos - frenéticas, em
movimentos rápidos, traçando um diálogo entre os olhos, a boca e o casal,
faziam a adrenalina insuflar minhas veias, faziam as pernas contorcerem-se, e o
corpo... e o movimento das mãos em sim e em não e ao fim daquele balé
solitário, a emoção... em jatos.
Autor: André
Maurício Pereira
Ano: 2015
Visite Poetiquamente.blogspot.com para outros textos
terça-feira, 16 de agosto de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016
ENTENDA
ENTENDA
-TENHO MEDO.
-MAS NÃO HÁ O QUE TEMER.
-NÃO SEI. NÃO SEI. ISSO TUDO ME
ASSUSTA. MAS...
...AO MESMO TEMPO EXCITA-ME.
MEU CORPO... SUA BOCA
-CALMA! APENAS DEIXE O CORPO FALAR
POR VOCÊ, SUSSURRAR.
-EU SEI QUE O CORPO NÃO TEM RECEIOS,
OU MEDOS, OU...
-SSSSSSHHH! NÃO DIGA NADA. APENAS...
ABRACE-ME!
-NOSSOS PENSAMENTOS SÃO... COMO ALGEMAS
E NOS APRISIONAM AOS NOSSOS MEDOS.
-NÃO OS DEIXE FALAR POR SI.
-TUDO BEM!
-FECHE OS OLHOS E SINTA E OUÇA E
RESPIRE AO SOM DO CORAÇÃO. SOMOS
APENAS EU... VOCÊ... NOSSO DESEJO... E
COMO CÚMPLICE ESTE QUARTO, NOSSOS OLHOS
E NOSSA PELE ARDENTE.
ENTENDA QUE NÃO HÁ PECADO NO AMAR.
ADEMAIS,
QUEM PODERÁ NOS JULGAR? OU,
QUEM PODERÁ NOS CULPAR?
SE O QUE QUEREMOS
É SIMPLESMENTE
AMAR
terça-feira, 2 de agosto de 2016
segunda-feira, 11 de julho de 2016
A DECRÉPITA URBANICIDADE APREME DESPÓTICA O EU (NULO)
A DECRÉPITA URBANICIDADE APREME DESPÓTICA O EU (NULO)
DA JANELA DE
UM ÔNIBUS QUALQUER
ENQUANTO O
CASARIO DORME SOB
O PORRE DA
NOITE ANTERIOR
OBSERVO
O DIGLADIO
MORTAL
ENTRE VIDAS
ASSEMELHADAS
GARIS E
URUBUS CHAFURDAM
NA PRAIA DA AVENIDA
EM MEIO AO
LODAÇAL
CRIADO A
PARTIR DA PODRIDÃO
URBANOCAÓTICA
DA URBANOCAÓTICA
MISÉRIA
O SALGADINHO
FEDE
NEM AS PUTAS
AGUENTAM MAIS
DESCAMBO DO
ÔNIBUS
NA SINIMBU -
SITIADA
E ESCARRO
MINHA REVOLTA
EM SUAS
PEDRAS
PERCORRENDO
LENTAMENTE
OS TRILHOS
URBANOTORTOS
DE MINHAS
TORTUOSAS VIAS
POVOADA DE
VERMES
SORRATEIROS
E USURPADORES
ADVINDOS DA
ONISCIENTE
MÍDIA DO
CAOS
QUERO O
PRAZER MUNDANO
MESMO QUE
SEJA O DA MONTE PIO
ROBOTIZADO
ENCLAUSURO-ME
- HIPOCRITAMENTE
ALIVIADO -
EM MEU BIRÔ
NOS BRAÇOS
DA INÉRCIA
COMO MINHA RAPARIGA
E O
SALGADINHO...
NEM AS PUTAS...
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Há alguns anos, quando perambulava pelos sertões e observando a
magnanimidade do eu (homem) e a pusilanimidade do mesmo homem, características
que, contraditoriamente, orbitam o mesmo espaço e, estranhamente, completam-se;
e, ainda, consubstanciada pela harmonia
perfeita do cosmos - leia-se aqui elementos e matéria e seres e inteligência e
vida e morte, imaginei e ainda imagino, como um "big bang" pode
redundar numa perfeição, numa cadeia evolutiva, num mimetismo imperceptível ao
olhar humano; como de uma fórmula matemática pode surgir equações e inequações
de tantas cores e modos e super e alter e egos distintos e complexos e numa
perfeita interação que a princípio soa inexplicável.
A partir destes questionamentos pensei, à época, escrever algo com
um viés religioso. E, de fato, lembro que escrevi alguns poemas e,
infelizmente, perderam-se juntamente com o disquete que os guardava nessas idas
e mudanças e vindas que damos em busca de um futuro; ou será de um fim? Não
sei. O que sei é que remexendo alguns papeis achei dois. Dei uma remodelada neste
que posto aqui. É simples, mas espero que gostem.
De mim, tenho que retomarei o projeto de escrever mais alguns.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
quarta-feira, 13 de abril de 2016
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O ESPETÁCULO DA DESRAZÃO OU IGNOMÍNIA
O ESPETÁCULO DA DESRAZÃO OU IGNOMÍNIA
(A TODOS AQUELES QUE SÃO EXPULSOS DE SUAS CASAS E NUM EXÔDO,
PARTEM EM BUSCA DA TERRA PROMETIDA)
A LEVA
BALANÇA
SOBRE A LÍNGUA LÍQUIDADE MARES VERMELHO FOGO
EM NAUS PAUPÉRRIMAS
FORJADAS A ESPERANÇA E DOR
DE HOMENS E MULHERES
E CRIANÇAS - TAMBÉM
VILIPENDIADOS
NO VENTRE FÉRTIL
DO SOLO NÃO GENTIL
POR APÁTRIDAS
QUE NOS PORÕES E VIELAS DA
URBANIDADE DECRÉPITA
NEGOCIAM
FELICIDADE
POR MÍSEROS... POR...
PELA... INSENSIBILIDADE METÁLICA
ARRAIGADA QUE ESTÁ
NA INCAPACIDADE NAUSEANTE
DE O HOMEM
SER AQUILO QUE É
...
NO VAI-E-VEM
DO MAROLEAREM MARES NUNCA DANTES
NAVEGADOS
ALIMENTAM-SE
DO QUE SERÁ
...
E NO DESTINO
AQUELE QUE
FICA- NÃO MAIS É,
HUMILHADO
ANTE O CALIBRE AUTOMÁTICO
DE UMA SÍLABA METÁLICA
QUE APONTA
O ÁPTO E O INÁPTO
E PROTAGONIZA
O ESPETÁCULO
DA ABJETA
DESRAZÃO
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)