Quem sou eu

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Este alagoano de São José da Tapera, nascido em 1966, é maravilhado com a escrita e encantado com as letras. Procura traduzir em seu trabalho as inquietações da alma humana em suas relações interpessoais e consigo mesmo. Autor dos livros: O homem que virou calango (contos); Retratos Urbanos; Síndroma de Imunodeficiência Depressiva; Da dor do não, poemas; coautor de Caoticidade Urbanopoética do eu nulo, poesia; participação na 1ª Antologia da Confrafia: Nós, Poetas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Vagando pela internet encontrei o poema abaixo que achei realmente fantástico.




PARA A PUTA QUE LEVOU OS MEUS POEMAS
poema de Charles Bukowski (tradutor desconhecido)


dizem que devemos afastar o remorso do poema

manter-se abstrato, e há alguma razão nisto,

mas Jesus; doze poemas se foram e eu

não tenho cópias e você levou

minhas pinturas também, as melhores; é sufocante:

você estar querendo me sacanear como os outros?

por que você não levou o meu dinheiro? sempre tiram

das calças dos bêbados largados na sarjetas.

de outra vez leve meu braço

esquerdo ou uma nota de cinquenta

mas não meus poemas: eu não sou Shakespeare

e daqui apouco simplesmente não haverá mais,

nem abstrato nem de jeito algum;

sempre haverá dinheiro e putas e bêbados

até que caia a última bomba,

mas como disse Deus, cruzando as pernas,

eu vejo que deixei um monte de poetas

mas não muita poesia...
 

O GOSTO ACRE DO CHICLETE


 

 

 O GOSTO ACRE

DO CHICLETE

QUE ENCONTREI

NA CALÇADA DA IGREJA

PISADO POR SAPATOS

BARATOS COMPRADOS

NUMA LOJA

DO CENTRO

INCOMODA MENOS

QUE O SILÊNCIO

DA PALAVRA


Foto extraída do flog www.fotolog.com/vampi/23600624