Quem sou eu

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Este alagoano de São José da Tapera, nascido em 1966, é maravilhado com a escrita e encantado com as letras. Procura traduzir em seu trabalho as inquietações da alma humana em suas relações interpessoais e consigo mesmo. Autor dos livros: O homem que virou calango (contos); Retratos Urbanos; Síndroma de Imunodeficiência Depressiva; Da dor do não, poemas; coautor de Caoticidade Urbanopoética do eu nulo, poesia; participação na 1ª Antologia da Confrafia: Nós, Poetas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Paisagem

O sol caía lento
naquela tarde
um vazio e um afobante silêncio
preenchiam o lugar
uma brisa leve
soprava rasteira
levantando
uma poeira fina
tal neblina
em manhã invernal

O capim melancólico
balançava tristemente
emitindo um som
que insistentemente
reproduzido
tornava-se enfadonho

Esparsas
as poucas árvores
de poucas folhas
transmitiam
uma sensação de incompletitude
empobrecendo o lugar

Mas, contraditoriamente,
a composição pictórica do ambiente
moldada segundo
(pseudos?)
reflexões psicológicas do eu,
enquanto sentimento,
era agradável a mim.

"Queria que o tempo não levasse embora
os prazeres do dia."